sexta-feira, 18 de setembro de 2009

A quarta Partilha da Polônia - 10 a 20 de setembro de 1939





A quarta Partilha da Polônia
10 a 20 de setembro de 1939

O avanço das tropas alemãs rumo a Varsóvia (Warsaw), sufocando
a resistência dos poloneses na capital, e nas fortalezas de
Brest-Litovsk e Modlin, prosseguiu em movimento de pinça a partir
do norte (tropas panzer de Guderian) e do sul (tropas sob comando de
von Rundstedt), logo iniciando o cerco à capital polonesa, entre 9 e 13
de setembro, enquanto as fortalezas se negavam à rendição,
ainda à espera do contra-ataque para aliviar o cerco à capital.

O fato é que até 14 de setembro, os defensores poloneses,
sob o comando do Marechal Edward Rydz-Smigly(1886-1941),
[o sucessor de Jozef Pilsudsky (1887-1935), que comandou as
forças polonesas durante a Guerra Polaco-Soviética (1919-21)]
ainda esperavam conter os alemães, pelo menos até a chegada dos
franceses e britânicos, segundo estabelecia os acordos com as
potências ocidentais. Realmente, os alemães esperavam conquistar
a Polônia antes do ataque na fronteira oeste, no momento com
defesa mínima (nenhuma divisão panzer ).

A declaração de guerra emitida pelos britânicos, e depois
pelos franceses, em 03 de setembro, teve pouco efeito prático,
nada além da mobilização das tropas, sem qualquer ataque ao
território alemão. Em seguida, o Império Britânico se mobiliza
junto a Metrópole, com as declarações de guerra emitidas
pela Austrália, Índia e Nova Zelândia. ( O Canadá declara guerra
ao III Reich em 10 de setembro de 1939, apoiando a Grã-Bretanha
mais com suprimentos do que exatamente tropas)

A vantagem da Blitzkrieg seria justamente a surpresa (afinal
de contas, não houve 'declaração de guerra') e a velocidade de
ataque (mobilidade, cerco e destruição dos pontos de resistência),
no sentido de evitar uma 'guerra de atrito', imóvel e prolongada.
A velocidade dos ataques e a mobilidade da defesa, possível com
as divisões panzer e as tropas motorizadas, evitava qualquer
estabelecimento de novos pontos de resistências, bombardeando
as tropas em fuga, além das infra-estruturas e bases de apoio
existentes na retaguarda. Foi isso que o Ocidente não entendeu,
atribuindo a iminente derrota polonesa a um atraso e à
incapacidade dos exércitos poloneses.

Realmente, a ineficiência polonesa foi em relação a 'guerra de
movimento
' (não apenas por deficiência de material e tropas),
a mesma ineficiência que seria mostrada pelas potências
ocidentais (quando dos ataques de 1940 e 1941). Por outro lado,
os soviéticos observaram de perto as novas táticas (usadas
no conflito com os japoneses, na Batalha de Khalkin Gol,
em agosto de 1939, onde se destacou o comando de G. Zhukov
(Jukov), porém não evitou derrotas na Finlândia (1939/40), e
depois quando da invasão nazista (em junho de 1941)

As tropas do Exército Vermelho, derrotadas na Polônia em 1920,
às portas de Varsóvia (Warsaw), no final da Guerra Polaco-Soviética
(1919-21), voltaram ao país na segunda quinzena de setembro de 1939,
alegando defender as populações de bielorussos e ucranianos em território
polonês, diante da ameaça 'fascista' (ainda que a URSS tivesse um acordo
com o III Reich – ver o Pacto Ribbentrop-Molotov – que foi mantido
até a invasão nazista em junho de 1941, a Operação Barbarossa)

O ditador soviético Josif Stálin insistia em anteior acordo proposto
em possível aliança com as potências ocidentais, no sentido de
um avanço russo na Polônia quando de um ataque alemão, assim
como haveria um ataque franco-britânico a região oeste da
Alemanha (no momento, sem defesas, muito menos tropas panzer),
mas acontece que (espantosamente?) o pacto foi assinado com os
nazistas, enquanto os britânicos pouco fizeram de esforço.

Stálin preferiu os nazistas. Por que? Pois o Protocolo Secreto
do Pacto Ribbentrop-Molotov permitiria aos russos um avanço
nos territórios do leste europeu (leste da Polônia, países balticos),
com uma 'esfera de influência' que os Ocidentais não permitiriam.
Além do mais os russos visavam áreas da Finlândia e da Rumânia.
(Sem, obviamente, o pleno acordo dos nazistas.) Este é o motivo
da 'boa-vontade' do ditador soviético em respeitar os acordos com
os nazistas, um real interesse de evitar a guerra, ou adiar a mesma,
ampliando uma área de defesa (no Báltico, ao redor de Leningrad;
na Ukrania, na parte tomada à Polônia; nas margens do Mar Negro,
o porto de Odessa, e a fortaleza de Sebastopol, na Crimeia)

Esta 'necessidade de defesa' foi o argumento dos soviéticos para
pressionar a Finlândia, logo após a derrota da Polônia, no sentido
de novas bases e territórios cedidos à URSS. Os finlandeses não
concordaram, e foram atacados, e resistiram.
Veremos nos tópicos Guerra Civil Finlandesa
e Guerra de Inverno.




Fontes: Wikipédia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Invasão_Soviética_da_Polónia

http://www.absoluteastronomy.com/topics/Soviet_order_of_battle_for_invasion_of_Poland_in_1939



por Leonardo de Magalhaens

http://leonardomagalhaens.zip.net/

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